Tapajós brilha aos olhos dos mineradores

Geólogos de todos os cantos se embrenham nas matas em busca do metal.

O Tapajós já produziu quantidades significativas de ouro que o colocam em uma das regiões mais produtivas do país. No entanto após a década de 90, quando os geólogos da Rio Tinto dominaram a região e descobriram um grande número de depósitos auríferos (S. Jorge, Palito, Ouro Roxo, V3, V7,V6...) muito pouco aconteceu.

Nos últimos dez anos as empresas que atuam no Tapajós pouco fizeram e pouco criaram. A maioria ainda está percorrendo os mesmos caminhos feitos pela equipe bem sucedida da Rio Tinto. Somente uma mina, a do Palito, foi efetivamente implementada.

O descompasso técnico é grande e até hoje a maioria dos geólogos que trabalham na área ainda debate se existe ou não uma clássica mineralização epitermal na região, coisa que para alguns geólogos de exploração (veja detalhes) já é passado. A situação deverá ser solucionada com a iniciativa da Adimb em promover um curso a ser ministrado por Professor da USP que irá discorrer sobre o assunto e deverá esclarecer um pouco mais sobre a geologia da região...para muitos.

O fato permanece: uma das melhores áreas geológicas do Brasil, de vasto potencial econômico, está, ainda, em total subdesenvolvimento. O Governo pouco investe, os ambientalistas restringem, os municípios estão quebrados e a região continua abandonada.

No curto espaço de tempo a única solução para o Tapajós é a mineração organizada e profissional. Sem ela veremos, apenas, os escombros da lavra predatória e ineficiente que os seus cidadãos foram condenados a fazer por não receberem a atenção e recursos que uma sociedade civilizada teria a obrigação de fazer...

Nós do Portal do Geólogo continuamos a alertar sobre o assunto: uma região como esta não pode ser condenada ao esquecimento e ao sucateamento técnico e social. Cabe ao Governo legislar inteligentemente permitindo o crescimento e desenvolvimento do Tapajós. E cabe aos geólogos mostrar as soluções e descobrir as jazidas que irão financiar este desenvolvimento.