Petróleo: ANP espera recorde de negociações em próxima rodada de licitações

Em meio às críticas de petrolíferas contra iniciativa do governo do Rio de Janeiro de aplicar ICMS sobre plataformas de produção, que você conferiu no seu Portal do Geólogo, o mercado e a Agência Nacional de Petróleo se aprontam para a 9ª Rodada de Licitações, marcada para 27 e 28 de novembro. Com o preço do barril de petróleo tendo superado US$ 80, há um forte incentivo para as empresas buscarem novas áreas de produção. A ANP aumentou o preço mínimo do bônus de assinatura - valor pago pelas empresas para ter direito de explorar as áreas - em até 700%.

Grandes players de outras áreas da mineração, como a Companhia Vale do Rio Doce e a OGX, do empresário Eike Batista, serão um atrativo à parte; tais empresas mostram intenção de suprir as próprias necessidades energéticas, ficando menos dependentes das oscilações do mercado. A Vale, por exemplo, fez uma parceria com a Shell para analisar oportunidades de investimentos em áreas de gás no Brasil e no exterior para suprir termelétricas. Outra empresa que deve participar é a Odebrecht, longe de demonstrar interesse há cinco anos.

A jóia da coroa entre os 313 blocos ofertados é o polêmico 273, na bacia de Campos, objeto de litígio entre a Petrobras e a ANP; mais caro entre todos os leilões já realizados, tem o preço mínimo fixado em R$ 286 milhões. Ao todo, nove bacias sedimentares têm blocos a serem licitados nesta rodada: Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo e Rio do Peixe.