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Geólogos em alta



Publicado em: 03/02/2004 21:20:12

 

Um número surpreendeu os organizadores do Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS-UnB) no início deste ano. Ao fazer o balanço final, eles descobriram que 29 estudantes concorreram à cada uma das 13 vagas do curso de Geologia. ‘‘Até o reitor ficou curioso em saber por que o fomos o curso mais concorrido do PAS, superando até Medicina’’, comenta, com bom humor, a coordenadora do curso de graduação em Geologia, professora Márcia Moura.

Quem não confia muito na capacidade de escolha da garotada, certamente vai atribuir o aumento na concorrência somente ao fato do curso ter sido o menos disputado em anos anteriores, quando a relação candidato-vaga raramente ultrapassava a casa de uma dezena. Mas, se levarmos em conta que só as empresas de petróleo contratarão 726 geólogos até 2005, com salário médio de R$ 3 mil e que estão por vir os concursos para o Ibama e Agência Nacioal das Águas com vagas reservadas para esses profissionais e com salários a partir de R$ 2 mil, chegaremos à conclusão que o nível de esperteza e oportunismo dos estudantes está em alta, mesmo que seja por mero acaso.

Os analistas de recursos humanos atribuem esse aumento na oferta de emprego para geólogos às privatizações no setor elétrico, petrolífero e minerador — principais campos de atuação desse profissional. Com tantas perspectivas otimistas, fica complicado deixar de reconhecer que os estudantes estão antenados com o futuro. Eles já têm, pelo menos, uma noção de por quê querem cursar os cinco anos de Geologia na UnB, reconhecido como um dos melhores dos cursos de graduação e pós-graduação, e também um dos mais completos e equipados do país.

Vale lembrar que os jovens vestibulandos costumam ficar de queixo caído por outros ‘‘atrativos’’ de uma profissão que, segundo sua origem etimológica, é responsável pelo estudo da Terra. Afinal, quem não fica deslumbrado ao assistir filmes com vulcões e noticiários de terremotos? Neles, os geólogos são quase sempre personagens centrais, fictícios ou não, com pose de aventureiro.

‘‘É o marketing da nossa profissão’’, brinca o geólogo Reinhardt Adolfo Fuck, um dos 30 professores do Instituto de Geociências da UnB. Mas, segundo ele, terremotos e vulcões são fenômenos da natureza estudados pelo geólogo que, no entanto, não chegam a ser um campo de estudo primordial. O estudo de rochas da superfície e do subsolo terreno, no continente ou ao mar, resumem melhor a atividade desse profissional. Principalmente no Brasil, onde há inatividade vulcânica e os terremotos não chegam a assustar.

LONGE DE CASA

Comparar o geólogo com um aventureiro não chega a ser uma heresia. Em todos os períodos do curso, os estudantes precisam fazer pelos menos uma saída de campo para mapear e estudar uma área. No último semestre, os formandos ficaram no campo durante 22 dias, mas com todos os custos de alimentação, transporte e hospedagem pagos pela universidade. Ao longo da carreira profissional, esses períodos longe de casa podem ser mais freqüentes. Um geólogo que trabalha em uma plataforma de petróleo, por exemplo, costuma passar metade dos meses de trabalho em alto-mar.

‘‘O melhor geólogo é aquele que tem mais experiência no campo. Até mesmo aquele que decide trabalhar apenas em laboratórios precisa ter ido a campo muitas vezes’’, alerta o diretor do Instituto de Geociências, José Carlos Gaspar. Segundo ele, no campo, os estudantes também aprendem a trabalhar em grupo, o que será essencial no futuro.

Normalmente, os geólogos trabalham com profissionais de outras áreas como, por exemplo, os engenheiros, na escolha do material correto para uma construção, e com os policiais, na identificação do valor de gemas, como a esmeralda. Para ter esse conhecimento científico amplo, o estudante de Geologia passa os primeiros semestres estudando Matemática, Física,Química e Biologia.

‘‘Além de dedicar-se integralmente à graduação, um bom futuro geólogo precisa preparar-se, até com aulas de línguas estrangeiras, para fazer uma boa pós-graduação e especialização. O mercado de trabalho é muito exigente’’, avisa o coordenador da pós-graduação em Geologia na UnB, Augusto Pires. Em uma simples visita à biblioteca fica fácil perceber importância da dica de Pires. Nas prateleiras, a maioria dos livros são escritos em inglês.

Serviço

Mais informações sobre a contratação de geólogos nas empresas de petróleo no site da Onip: www.onip.org.br ou pelo telefone (21) 563-4626

Onde estudar

Universidade de São Paulo
Universidade Federal da Bahia
Universidade de Brasília
Universidade de Fortaleza
Universidade de São Paulo
Universidade do Amazonas
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Universidade Estadual de Campinas
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Universidade Federal da Bahia
Universidade Federal de Mato Grosso
Universidade Federal de Minas Gerais
Universidade Federal de Pernambuco
Universidade Federal do Ceará
Universidade Federal do Pará
Universidade Federal do Paraná
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Escola de Minas de Ouro Preto

Algumas áreas de atuação

Mineralogia

Nesse setor, o geólogo vai estudar os minerais, fazer o mapeamento dos lugares onde eles podem ser encontrados e coordenar as atividades de extração. Os minerais são fundamentais para, por exemplo, o setor de construção e tecnologia. No Brasil, a mineralogia é o setor que tradicionalmente mais emprega geólogos, principalmente nos períodos de crescimento econômico.

Meio Ambiente

Esse é um mercado de trabalho que tem crescido muito nos últimos anos. Principalmente por causa da preocupação da comunidade internacional com os desastres ambientais. O papel do geólogo nesse setor será fundamental para a avaliação correta das causas, origens e efeitos de, por exemplo, derramamentos de petróleo, deslizamentos de terras e inundações.

Geologia Regional

Para saber quais tipos de rochas existem no Brasil, por exemplo, é necessário que um geólogo faça um mapeamento das áreas. Os profissionais que se especializarem nessa área vão ter um bom mercado de trabalho pela frente. Por incrível que pareça, ainda existem muitas áreas no Brasil que não foram totalmente mapeadas. A partir deste mapeamento, os geólogos podem estudar, por exemplo, a idade das rochas em um outro ramo de pesquisa: a geocronologia, essencial para a descoberta da idade da Terra e da seqüência evolutiva.

Hidrogeologia

Em alguns países do Oriente Médio, a água potável já está sendo vendida a peso de ouro. A escassez de água potável, na verdade, tende a tomar uma proporção mundial. O geólogo será um dos profissionais responsáveis por descobrir e viabilizar o uso de fontes subterrâneas de água.

Sensoriamento remoto

Esse é um dos ramos mais modernos da geologia. Nele, o geólogo aprende a lidar com informações vindas de satélites para localizar e dimensionar, por exemplo, a extensão de uma queimada, localização de uma bacia hidrográfica e de outros fenômenos, provocados ou não pelo homem, que influem no desenvolvimento da Terra.

Geofísica

Neste setor, o geólogo utiliza instrumentos de medição para, por exemplo, saber a quantidade de magnetismo existente em uma rocha. Os geofísicos também aplicam seus conhecimentos na mineração, no setor petrolífero e na sismologia. Nesse último, o conhecimento geológico é utilizado para a avaliar a possibilidade de um terremoto.

Fonte:  Correio Braziliense


Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo


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