Especial: VII Simpósio Internacional do Ouro - como foi o evento deste ano, no Peru

Lima, capital do Peru, foi sede do VII Simpósio Internacional do Ouro, que tomou lugar entre os dias 3 e 5 deste mês de maio. Mais de 1.000 profissionais, dentre analistas, executivos, autoridades, geólogos e executivos participaram, tendo contato com uma visão geral do panorama aurífero no Peru e no mundo. O evento foi organizado pelo Comitê de Ouro da Sociedade Nacional de Mineração, Óleo e Energia, e apoiado pelo Ministério de Energia e Minas e pelo Conselho Mundial do Ouro.

O foco do evento, naturalmente, foi a evolução da mineração peruana de ouro, mostrando os novos projetos que estão sendo desenvolvidos no país, a potencialidade ainda disponível e as condições mercadológicas do Peru. A exibição de mineração, que tomou lugar no mesmo período, reuniu 102 expositores e recebeu um público qualificado de 4 mil pessoas durante os três dias.

Logo na abertura, o chairman do comitê organizador do simpósio, Roque Benavides, deu uma idéia do progresso peruano na exploração do metal precioso: no começo da década de 1990, o ouro representava menos de 1% das exportações do país; em 2005, o percentual foi de 18,2%. E foi incisivo: “o Peru continua a ser um país de substancial potencial para a mineração, especialmente a de ouro, e ainda comporta maiores investimentos para exploração”. Suas palavras foram corroboradas pelo ministro de Energia e Minas do país, Glodomiro Sanchez, que qualificou a mineração no país como “elemento assegurador de estabilidade social e política, que provê melhores condições de vida para a população”.

Os painéis e sessões paralelas abrigaram palestras e eventos sobre diversos aspectos da mineração aurífera. Pierre Lassonde, presidente da Newmont, falou sobre a divisão do desenvolvimento sustentável com exploração de recursos, enquanto Alberto Benavides de la Quintana, chairman da local Compañía de Minas Buenaventura, traçou um panorama histórico da exploração de ouro no Peru, desde quando o país ainda era a sede do império inca. Uma mesa redonda sobre as perspectivas para o metal reuniu executivos de empresas como US Gold, Barrick, Newmont e Zijin, enquanto um painel que debatia o papel do Estado na mineração de ouro contou com a participação de representantes de governos de vários países latino-americanos dentre eles, representando o Ministério das Minas e Energia brasileiro, o secretário de mineração e metalurgia, Cláudio Scliar, e foi um dos eventos mais disputados do Simpósio.

Os organizadores do evento, que terá nova edição em 2008 (em lugar ainda a definir), definiram como “excelente” os resultados do VII Simpósio Internacional do Ouro, uma mostra de que, com seriedade, investimentos e políticas públicas adequadas, a mineração de ouro pode ser uma grande forma de gerar divisas, empregos, e promover o desenvolvimento socialmente responsável e ecologicamente sustentável.