Boom da mineração leva R$ 5 bi para Goiás

O estado de Goiás é hoje uma das três unidades da Federação com maior arrecadação de investimentos privados na área de mineração no País. Somente em 2005, as mineradoras dispenderam R$ 4 bilhões em investimentos, com perspectiva de destinar R$ 5 bilhões em 2006. Há razões que justificam plenamente estes números: no estado, hoje, prospecta-se níquel, cobalto, ouro, cobre, nióbio e fosfato: Goiás tornou-se o terceiro maior produtor de minérios do País. Outra que vale ser mencionada é a realização do Levantamento Aerogeofísico, iniciado em 2004 e cuja terceira e última etapa foi lançada na semana passada pelo governador Alcides Rodrigues.

Com ele, objetiva-se o mapeamento de dados geofísicos do Estado, que serão oferecidos aos grupos mineradores interessados em investir no território goiano. Desde 1970, quando foram descobertas minas nas cidades de Americano do Brasil e Alto Horizonte, Goiás não tinha um estudo tão detalhado. A meta, atualmente, é o levantamento de novas áreas minerais em Goiás. O levantamento é feito em parceria com o Ministério das Minas e Energia (MME) e governo de Goiás através do Fundo de Fomento à Mineração (Fummineral).

Mesmo ainda inconcluso, o levantamento já proporciona resultados importantes para o Estado. De acordo com informações do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral em Goiás, antes do início do levantamento, o órgão recebeu 308 requisições para pesquisa mineral em Goiás (dados de 2003). Em 2004, com o projeto em fase embrionária, o número subiu para 1.481 e em 2005 registraram-se 2.229 pedidos. São números que demonstram que o investimento de R$ 12 milhões no projeto será auto-sustentado, e bastante solicitado pelas empresas - nomes como Votorantim Mineração, Vale do Rio Doce, Anglo American e Yamana Gold já marcam presença em solo goiano.

O governador Alcides Rodrigues diz que Goiás está diante de novas perspectivas para o setor mineral, que se abrem por meio da exploração racional, equilibrada e ecologicamente correta, e afirma, inclusive, que a mineração deve chegar à primeira posição na pauta de exportação do Estado.