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Brasil: pesquisar ou mudar?
Publicado em: 13/12/2013 17:44:00
Depois de quase três anos de uma política mineral absolutamente equivocada e perniciosa que sucateou a pesquisa mineral no Brasil e colocou milhares de famílias no desespero estamos no limiar de um
novo ano, com novas e, possivelmente, excelentes perspectivas.
Será que o Congresso vai, finalmente, aprovar o novo código mineral que permite direito de prioridade e a volta da pesquisa mineral?
Será que
entraremos na era das licitações e da ditadura das grandes empresas e veremos o triste fim das empresas de pesquisa mineral de porte pequeno a médio?
Iremos conviver com o desemprego e a fuga de investimentos e de investidores?
São perguntas pertinentes, que nos afetam como um todo, mineradores e sociedade. Quem irá ganhar essa queda de braço?
Os
que defendem a mineração democrática com o direito de prioridade como o Dep. Quintão, o relator do novo Código Mineral? Ou os que instituíram o caos na mineração paralisando os alvarás de pesquisa, as empresas e a mineração como
um todo e agora querem instituir a ditadura das grandes empresas banindo os investimentos das junior companies do Brasil, como o grupo encabeçado pelos Ministros Édison Lobão e Gleisi Hoffmann?
Se o grupo que defende o fim das pequenas e médias empresas de pesquisa mineral e o término do direito de prioridade ganhar, veremos o Brasil entrar em um imenso buraco negro.
Mergulharemos de cabeça em um período apocalíptico onde centenas, talvez milhares de empresas de pesquisa e de prestação de serviços, serão fechadas.
Veremos uma enxurrada de desempregados de alta qualidade, pessoal treinado e altamente capacitado, tendo que enfrentar as filas do desemprego.
Estaremos presenciando uma calamidade épica, um desperdício e sucateamento de cérebros que só um Governo insensível e absolutamente incompetente pode contemplar.
Não há sustentação para esse cenário. Defendê-lo é confessar, não só a sua própria incompetência, mas, também, a sua complacência com a morte financeira de dezenas de milhares de famílias que serão arremessadas ao caos e à
desesperança.
Quem fará a pesquisa nesse cenário controverso?
A
pesquisa será feita por quem, infelizmente, não entende, não tem dinheiro, pessoal, know how e nem cultura de exploração mineral: a CPRM.
Meu caro (a), o que veremos será uma piada de mau gosto criada por um Governo
insensível e incompetente.
Neste cenário de caos veremos a CPRM, tentando de todas as formas, fazer algo produtivo e inteligente, mas com uma equipe a beira da aposentadoria e sem experiência em exploração mineral tendo que coordenar uma nova equipe de campo, ainda em formação, sem bancos de dados, com um orçamento muito abaixo do que é sistematicamente investido pelas junior companies no Brasil, sem equipamentos modernos e sob imensa pressão do mundo mineral e até mesmo do Governo que irá reconhecer o erro do modelo mas,
antes, irá culpar e cortar algumas cabeças...
Neste cenário a responsabilidade do sucesso ou insucesso irá recair nos ombros dos novos funcionários da CPRM contratados, pelo seu conhecimento em pesquisa mineral, como o Noevaldo Teixeira e Marco Túlio, egressos da iniciativa privada, mas que aposentaram o martelo há anos e estão acostumados a gerenciar e coordenar as excelentes equipes de campo, afinadas e maduras como as das junior companies e da Vale e Rio Tinto onde eles obtiveram os seus conhecimentos de exploração mineral. Esses geólogos e seus assessores, com certeza, já devem estar com as barbas de molho, pois sabem muito bem que a CPRM não é e nem nunca será a Petrobras da mineração nesta equação. Eles terão que lidar com mapas geológicos antigos e ultrapassados, com aerolevantamentos geofísicos mofados, obsoletos e inócuos que servem, quanto muito, para mapeamentos geológicos regionais . Afinal o que podemos fazer com os levantamentos analógicos de escala continental com espaçamentos de 2.000m entre as linhas voadas? Até os levantamentos aerogeofísicos, considerados de "detalhe" para a
CPRM, com espaçamentos de 500m, serão inócuos quando o objetivo é a descoberta de jazimentos econômicos. Como gerenciar competitivamente uma equipe antiga de geólogos que nunca em sua carreira se deparou com a verdadeira exploração mineral? É nessa hora que as incongruências serão ampliadas e que o modelo começará a ruir. A CPRM precisa de tempo e muito dinheiro para poder se transformar em uma empresa de pesquisa mineral.
O que veremos é mais uma onda de aposentadorias compulsórias em um país que não preza sem agradece pelas décadas de serviços prestados. E, se um dia, as coisas começarem a dar certo teremos, mais uma das leis do projeto sendo confirmada: os louros da vitória e as honras e méritos dados aos não participantes. Se você é um dos geólogos da velha guarda da CPRM que viveu essas décadas de abandono, prepare-se, pois nesse cenário, meu amigo, as coisas ainda vão piorar.
O mais irônico disso tudo é que a CPRM e seus geólogos não tem nenhuma culpa nesta equação.
Assim como o sucateado e abandonado DNPM ela, que um dia já foi referência, não tem culpa de estar no Brasil e de ter sido abandonada por governos a fio nas últimas várias gestões. Como culpar uma equipe de excelentes geólogos que não recebeu salários, treinamentos, investimentos, equipamentos e orçamentos adequados nas últimas décadas?
A CPRM definitivamente não é a Petrobras!
Ela nunca recebeu a atenção, os investimentos e salários tipo Petrobras. A CPRM não tem o acervo que a Petrobras tem e que coloca em disponibilidade aos que querem adquirir blocos em licitações. Ela não acha jazidas como a Petrobras acha novos campos. É só olhar para a história da CPRM que isso fica muito, mas muito claro. Culpa dos Governos por não terem investido uma fração mínima do que deveria ter sido investido.
Transformá-la em uma Petrobras de hoje vai demandar uns 50 anos de trabalho sério, duas gerações de funcionários e dezenas de bilhões de
dólares de investimento.
O Brasil pode arcar com esse tempo e essas despesas? É claro que não!
Temos que
ser pragmáticos, abandonar de vez essa hipótese burra e aprovar o substitutivo de Quintão.
No cenário de Quintão, o mesmo sugerido pelo Portal do Geólogo há meses, nós teremos as centenas de junior companies que já vem investindo, a fundo perdido, do próprio bolso, em torno de 1 bilhão de dólares por ano em pesquisa mineral no Brasil juntamente com a CPRM.
Nesse cenário essas duas forças coexistem
e são sinergéticas. É o cenário onde existe emprego, crescimento, novas descobertas, e riquezas adicionadas ao nosso patrimônio.
Na versão do MRM de Quintão a CPRM irá, também, contribuir com a pesquisa própria, dentro dos blocos alocados exclusivamente a ela e onde serão licitadas as jazidas que ela encontrar. Nesse cenário a CPRM poderá crescer e transicionar sem sobressaltos e sem ser submetida a enorme pressão de ser a única empresa de pesquisa em um país de 8,5 milhões de quilômetros quadrados.
Este, sem dúvida será o melhor dos mundos.
Nesse mundo teremos o direito de prioridade em vigor fora das áreas alocadas à CPRM. Ou seja, teremos a coexistência democrática entre os pesquisadores privados e os estatais.
O Brasil irá ganhar com esse modelo, através do aumento de investimentos em pesquisa mineral que poderão crescer, com a entrada da CPRM, em mais de 40% ultrapassando, com folga, 1 bilhão de dólares por ano, nos colocando nos níveis de Canadá, Austrália e outros países onde a pesquisa mineral é coisa séria e prioritária. Onde o direito de prioridade é uma pedra fundamental do sistema e respeitado por todos.
No cenário de um Código Mineral com o direito de prioridade o Brasil verá o retorno da pesquisa mineral em um momento que o mundo entra em um novo ciclo de crescimento. Onde os Estados Unidos e a União Europeia estarão, novamente, em uma forte ascendência, juntamente com a China, Índia e África do Sul.
O ano de 2014 verá mais de 1.000 IPOs sendo que mais da metade dessas emissões públicas de ações será na China. Será um ano com grandes perspectivas, com a manutenção
dos preços do minério de ferro, com uma possível subida nos preços do ouro e cobre e com a volta das empresas junior ao mercado mundial. Um ano com o retorno maciço dos investimentos em pesquisa mineral.
Será que iremos perder esse degrau histórico?
Será que esse nosso Governo nos fará retroceder décadas e ao invés de sermos catapultados às alturas pelas novas descobertas minerais feitas pelas junior companies e pela CPRM a partir de 2014, iremos mergulhar no fundo do poço, em um momento em que, ironicamente, o mundo se revigora e cresce?
Não deixe isso ocorrer. Lute contra! Fale com o seu político e lembre-se que em 2014 teremos eleições!!!
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo
Caro
usuário do Portal do Geólogo
Se você gosta de descobertas
arqueológicas inéditas no meio da Amazônia vai gostar do livro
que estou lançando. É um não ficção sobre uma pesquisa real que
estou fazendo.
Com o avanço do desmatamento e com o
auxílio da filtragem digital em imagens de satélites, descobri
nada menos do que 1.200 belíssimas construções milenares, no
meio da Amazônia — totalmente inéditas.
São obras
pré-históricas, algumas datadas em 6.000 anos, incrivelmente
complexas e avançadas — as maiores obras de aquicultura da
pré-história que a humanidade já viu.
Neste livro
você se surpreenderá com essas construções monumentais,
grandiosas e únicas, feitas por aqueles que foram os primeiros
arquitetos e engenheiros do Brasil.
Trata-se de importante descoberta
arqueológica que vai valorizar um povo sem nome e sem história.
Um povo relegado a um plano inferior e menosprezado pela maioria
dos cientistas e pesquisadores.
Dele quase nada sabemos. Qual é a sua
etnia, de onde veio, quanto tempo habitou o Brasil e que língua
falava são pontos a debater.
No entanto o seu legado mostra que
ele era: muito mais inteligente, complexo e tecnológico que
jamais poderíamos imaginar.
Foram eles que realmente descobriram
e colonizaram a Amazônia e uma boa parte do Brasil.
E,
misteriosamente, depois de uma vida autossustentável com
milhares de anos de uma história cheia de realizações eles
simplesmente desapareceram — sem deixar rastros.
Para onde foram?
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