12/12/2025 01:55:46
O desastre da Samarco: perguntas a serem respondidas
Publicado em: 11/07/2015 18:50:00
Era quinta-feira e, sem nenhum aviso, uma enxurrada com dezenas de milhões de toneladas de lama ferruginosa arrasou a Vila de Bento Rodrigues, um distrito de Mariana/MG.
Era o início de um desastre ambiental que deve se tornar o maior que a região já viu: uma história que ainda está sendo contada.
Rompimento de barragens de rejeitos, infelizmente, ainda é um acidente comum a muitas mineradoras. Eles são, quase sempre, previsíveis e, consequentemente, podem ser evitados.
É para evita-los que as mineradoras devem investir milhões em obras de contenção, cálculos e obras de engenharia, barragens adicionais, em planos e contingenciamentos.
Mas, o que se viu em Bento Rodrigues, foi o fracasso total de todos os planos, se é que esses existiam.
A ruptura da barragem de rejeitos do Fundão com dezenas de milhões de toneladas de lama, ocasionou, em sequência, o rompimento de Santarém uma pequena barragem de contenção situada a 3.000 metros de distância (veja na imagem).
Com o rompimento do Fundão um gigantesco fluxo de lama e água desceu o vale, em alta velocidade, acelerado pelos 189 metros de diferença de nível (entre a barragem e a Vila de Bento Rodrigues) destruindo, no seu caminho, absolutamente tudo.
Bento Rodrigues, a 5.500 metros do Fundão, foi totalmente arrasada e os seus habitantes não receberam nenhum aviso da mineradora.
Como é possível que só existisse uma pequena barragem de contenção, a de Santarém, em uma cota 137 metros abaixo da gigantesca barragem do Fundão?
Será que essa pequena barragem poderia conter a energia de um fluxo de milhões de toneladas de lama acelerados ao longo de um percurso íngreme de 3.000 metros de distância?
Como sabemos a lama atravessou todas as barreiras, como era de se prever, sem tomar conhecimento.

Como explicar a simples existência de Bento Rodrigues, incrustada em um vale plano aonde a diferença de nível entre as casas e o rio, que vem da barragem, é de apenas 3 metros?
Todos sabiam que na ocorrência de um rompimento a vila de Bento Rodrigues seria simplesmente varrida do mapa, como o foi. Segundo o estudo “Avaliando Minas: Índice de Sustentabilidade da Mineração”, apresentada por Maurício Boratto Viana, em 2012, na Universidade de Brasília (UNB), 68% das pessoas da comunidade tinham medo de um rompimento. Eles estavam certos.
Por que o vilarejo não foi totalmente relocado como deveria?
Redução de custos?
Por que a população de Bento Rodrigues não foi avisada no exato momento do rompimento da Barragem do Fundão? Com certeza existiram muitos minutos entre o acidente e a destruição da cidade e das vidas que ainda estão sendo contabilizadas.
Perguntas como estas deverão ser feitas ao longo dos próximos dias e semanas e terão que ser respondidas adequadamente pela Samarco.
Autor:
Pedro Jacobi -
O Portal
do Geólogo

editoriais geoambiente polemicos 5

Caro
usuário do Portal do Geólogo
Se você gosta de descobertas
arqueológicas inéditas no meio da Amazônia vai gostar do livro
que estou lançando. É um não ficção sobre uma pesquisa real que
estou fazendo.
Com o avanço do desmatamento e com o
auxílio da filtragem digital em imagens de satélites, descobri
nada menos do que 1.200 belíssimas construções milenares, no
meio da Amazônia — totalmente inéditas.
São obras
pré-históricas, algumas datadas em 6.000 anos, incrivelmente
complexas e avançadas — as maiores obras de aquicultura da
pré-história que a humanidade já viu.
Neste livro
você se surpreenderá com essas construções monumentais,
grandiosas e únicas, feitas por aqueles que foram os primeiros
arquitetos e engenheiros do Brasil.
Trata-se de importante descoberta
arqueológica que vai valorizar um povo sem nome e sem história.
Um povo relegado a um plano inferior e menosprezado pela maioria
dos cientistas e pesquisadores.
Dele quase nada sabemos. Qual é a sua
etnia, de onde veio, quanto tempo habitou o Brasil e que língua
falava são pontos a debater.
No entanto o seu legado mostra que
ele era: muito mais inteligente, complexo e tecnológico que
jamais poderíamos imaginar.
Foram eles que realmente descobriram
e colonizaram a Amazônia e uma boa parte do Brasil.
E,
misteriosamente, depois de uma vida autossustentável com
milhares de anos de uma história cheia de realizações eles
simplesmente desapareceram — sem deixar rastros.
Para onde foram?
Compre agora!
O livro, um eBook, só está à venda na Amazon. Aproveite
o preço promocional!
|

Minerador,
quer negociar a sua área, ganhar dinheiro com a mineração, atrair sócios
estrangeiros ou pesquisar os minérios em sua área?
Por que esperar mais?
| Só para você: veja as matérias que selecionamos sobre o assunto: |
Ser Geólogo
6/8
Geologia é vida!
29/5
Filipinas em guerra pelo meio ambiente
1/8
Geólogo parabéns!
30/5
Assim não dá...
22/3
Samarco: quatro meses sem ela
15/3
Caso Samarco: BHP está sendo processada nos Estados Unidos, Vale será a próxima
26/2
Minério de ferro em alta, mas Vale continua em queda afetada pelos efeitos Samarco e Brasil
24/2
Uma ideia para 2016 que irá mudar definitivamente a sua vida
1/1
O fim da mineração?
3/12
Janot quer manter Onça Puma fechado
3/12
A lama da Samarco e o futuro do Rio Doce
26/11
O desastre da Samarco: mentiras, verdades e consequências
17/11
Lama da Samarco: somente um desastre ou uma oportunidade econômica?
13/11
|
Não entendeu a palavra?
Pesquise o termo técnico!
|
|