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Guerra do minério de ferro: quem ganhou e quem perdeu em 2014?
Publicado em: 01/01/2015 16:23:00
O ano de 2014 se caracterizou pela queda dos preços do minério de ferro. A queda ininterrupta dos preços foi uma decorrência da guerra entre as três grandes BHP, Rio Tinto e Vale que aceleraram a produção criando um excesso de oferta de minério de alta qualidade e baixo preço. Nestas circunstâncias as mineradoras menos afortunadas, que produziam um minério de alto custo, não conseguiram sobreviver. Muitas minas foram fechadas, projetos em desenvolvimento paralisados e empresas começaram a quebrar. Para piorar a situação uma pequena desaceleração da economia chinesa exacerbou, ainda mais, a queda dos preços.
O minério de ferro despencou atingindo US$66,84 no dia 23 de dezembro, o pior preço em cinco anos.
A queda dos preços atingiram violentamente todas as empresas do setor inclusive as do triunvirato.
No meio das escaramuças até as gigantes foram atingidas tendo que provar do próprio veneno.
No gráfico comparativo vê-se a situação, ao longo do ano de 2014, das quatro maiores produtoras de minério de ferro do mundo: a Vale, Rio Tinto, BHP e a Fortescue.
A Rio foi a que menos caiu (-15%), seguida pela BHP que amargou uma queda de 23%. Já a Vale, empresa que também tem um custo operacional baixo e deveria ter uma queda compatível com a sofrida pela Rio, surpreendeu e despencou 46%. A australiana Fortescue, que produz o minério mais caro entre as quatro (US$70/t), como era previsto teve a queda mais espetacular, de 53%.
Se os preços continuarem em queda ao longo de 2015, como prognosticam alguns analistas, a Fortescue irá simplesmente falir.
A ganhadora
Em 2014 a empresa que teve o menor prejuízo foi a Rio Tinto. A empresa fez de tudo para minimizar os danos e saiu, claramente, vencedora desta guerra. A dominação da Rio Tinto pode ameaçar a posição de liderança da BHP.
A BHP poderia até ter um desempenho melhor, mas a forte queda nos preços do petróleo acabou puxando para baixo as ações da mineradora: daí a desvalorização de 23%.
A derrotada
No caso da Vale as ações refletem a percepção do mercado. A Vale está deixando de ser a queridinha das bolsas. A empresa que deveria ser a segunda maior, vem caindo desde o início de 2011, por quatro anos contínuos. Neste período ela perdeu nada mais nada menos do que 77,37%.
Uma empresa que tem um minério de ferro imbatível com a melhor qualidade e teor e custos operacionais baixíssimos, não poderia ter uma performance tão ruim.
A Vale é, sem dúvida, a grande derrotada na guerra do minério de ferro.
2015
O que será do futuro? Poucos anos atrás a Vale era a preferida das bolsas e “o minério de ferro era ouro” conforme se apregoava.
Mesmo assim a Vale, com margens simplesmente gigantescas, conseguiu o inacreditável: perdeu o valor. E agora, quando o minério de ferro está em queda, o que vai ocorrer com a nossa Vale?
Felizmente parece existir uma luz no final deste túnel.
O mercado de 2014 foi tão impactante que a Índia deixou de exportar minério de ferro o que praticamente neutraliza o excesso de produção da Vale, Rio e BHP. Some-se a esse cenário o fato de que milhões de toneladas de minério de ferro nunca chegarão ao mercado graças à quebradeira geral, aos fechamentos de minas e projetos.
Existem vários pontos que irão afetar 2015 de forma positiva, entre estes o enorme crescimento do PIB Americano e Indiano.
O cenário macro econômico, com a China ainda crescendo a 7,3%, mostra que possivelmente 2015 não será um ano de excesso de oferta como se prevê.
Neste caso os preços devem voltar para o patamar de US$90-100/t e a Vale terá mais uma oportunidade para recuperar o muito que perdeu.
Autor:
Pedro Jacobi -
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