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China se beneficia da queda das commodities e pode crescer acima do esperado
Publicado em: 08/01/2015 14:58:00
Uma das grandes preocupações dos economistas é o desaquecimento da economia chinesa em 2014 e 2015. Acredita-se que o PIB chinês tenha caído de 7,7% em 2013 para 7,4% em 2014. Caso essa tendência continue os impactos sobre a economia mundial serão severos.
No entanto, nem tudo está assim tão ruim para os chineses.
Os dois principais produtos, que alavancam a economia da China, caíram significativamente em 2014 e 2015. Estamos falando do petróleo e do minério de ferro, commodities que a China depende e é a maior importadora do mundo.
O impacto destas quedas de preços é imediato e muito importante.
A China importa 300 milhões de toneladas de óleo por ano e quase 1 bilhão de toneladas de minério de ferro. Com as quedas do preço os chineses estão tendo um ganho imediato na importação destas commodities de mais de US$75 bilhões.
Uma boa parte desse alívio é repassada diretamente para a população que vê uma significativa redução nos seus custos.
Para o Governo Chinês, que vem investindo somas bilionárias no estímulo da economia, essas notícias devem cair como bênçãos, já que a inflação cai e o cidadão tem o seu poder aquisitivo ampliado.
Calcula-se que para cada 10% de queda nos preços do petróleo o PIB chinês deva crescer 0,15%. Se essa situação perdurar ao longo de 2015, o PIB poderá voltar aos 8% o que deve significar o início de um novo ciclo de crescimento global.
Os reflexos já se fazem sentir: a Ford informou que em 2014 as vendas de automóveis na China cresceram 19% atingindo 1,1 milhão de veículos. O mesmo ocorre com a GM e suas associadas chinesas que venderam 12% a mais, atingindo 3,5 milhões de unidades. Somente em dezembro a GM vendeu 31,9% a mais do que o mesmo mês em 2013.
Autor:
Pedro Jacobi -
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