Diretoria da Petrobras publica balanço falho ao omitir os prejuízos. Piada de mau gosto ou crime contra acionistas?

Quando uma empresa listada em bolsa, publica um balanço, ela está declarando que todas as informações contidas no documento são verídicas, certificadas e auditadas.

Esta é a forma como o sistema protege os investidores das empresas criminosas que distorcem os resultados para se beneficiar da informação tornada pública.

A Petrobras errou ao divulgar um balanço sem quantificar os prejuízos que todo o mundo sabe que existem.

Como num passe de mágica ela publicou um balanço com um lucro de 3 bilhões de reais onde talvez exista um prejuízo bilionário.

Será isso correto?

Ao publicar um balanço com um lucro obviamente irreal não estaria a diretoria da Petrobras cometendo um grave crime financeiro e induzindo os investidores e o mercado a acreditar em algo que não existe?

Ou o simples fato de que é “impossível” calcular o impacto da corrupção, como declarado por Graça Foster é uma desculpa técnica e legalmente aceitável?

Segundo o Globo Economia, durante a reunião do Conselho de Administração foi discutida uma baixa contábil bilionária que pode simplesmente arrasar com a Petrobras: o número estimado pela própria empresa seria de R$88,6 bilhões.

Esta baixa contábil refere-se a depreciação dos ativos inflacionados pelo roubo investigado pela Operação Lava a Jato.

A Petrobras sabe e discute o assunto, mas se nega a publicar a verdade, preferindo publicar um balanço obviamente falho e inflacionado, que está claramente maquiando o valor de mercado da empresa.

Irresponsabilidade ou crime?

Autor:   Pedro Jacobi - O Portal do Geólogo

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