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O desastre da Samarco: perguntas a serem respondidas
Publicado em: 11/07/2015 18:50:00
Era quinta-feira e, sem nenhum aviso, uma enxurrada com dezenas de milhões de toneladas de lama ferruginosa arrasou a Vila de Bento Rodrigues, um distrito de Mariana/MG.
Era o início de um desastre ambiental que deve se tornar o maior que a região já viu: uma história que ainda está sendo contada.
Rompimento de barragens de rejeitos, infelizmente, ainda é um acidente comum a muitas mineradoras. Eles são, quase sempre, previsíveis e, consequentemente, podem ser evitados.
É para evita-los que as mineradoras devem investir milhões em obras de contenção, cálculos e obras de engenharia, barragens adicionais, em planos e contingenciamentos.
Mas, o que se viu em Bento Rodrigues, foi o fracasso total de todos os planos, se é que esses existiam.
A ruptura da barragem de rejeitos do Fundão com dezenas de milhões de toneladas de lama, ocasionou, em sequência, o rompimento de Santarém uma pequena barragem de contenção situada a 3.000 metros de distância (veja na imagem).
Com o rompimento do Fundão um gigantesco fluxo de lama e água desceu o vale, em alta velocidade, acelerado pelos 189 metros de diferença de nível (entre a barragem e a Vila de Bento Rodrigues) destruindo, no seu caminho, absolutamente tudo.
Bento Rodrigues, a 5.500 metros do Fundão, foi totalmente arrasada e os seus habitantes não receberam nenhum aviso da mineradora.
Como é possível que só existisse uma pequena barragem de contenção, a de Santarém, em uma cota 137 metros abaixo da gigantesca barragem do Fundão?
Será que essa pequena barragem poderia conter a energia de um fluxo de milhões de toneladas de lama acelerados ao longo de um percurso íngreme de 3.000 metros de distância?
Como sabemos a lama atravessou todas as barreiras, como era de se prever, sem tomar conhecimento.
Como explicar a simples existência de Bento Rodrigues, incrustada em um vale plano aonde a diferença de nível entre as casas e o rio, que vem da barragem, é de apenas 3 metros?
Todos sabiam que na ocorrência de um rompimento a vila de Bento Rodrigues seria simplesmente varrida do mapa, como o foi. Segundo o estudo “Avaliando Minas: Índice de Sustentabilidade da Mineração”, apresentada por Maurício Boratto Viana, em 2012, na Universidade de Brasília (UNB), 68% das pessoas da comunidade tinham medo de um rompimento. Eles estavam certos.
Por que o vilarejo não foi totalmente relocado como deveria?
Redução de custos?
Por que a população de Bento Rodrigues não foi avisada no exato momento do rompimento da Barragem do Fundão? Com certeza existiram muitos minutos entre o acidente e a destruição da cidade e das vidas que ainda estão sendo contabilizadas.
Perguntas como estas deverão ser feitas ao longo dos próximos dias e semanas e terão que ser respondidas adequadamente pela Samarco.
Autor:
Pedro Jacobi -
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